UFC Rio: Pantoja mantém cinturão e Aldo tem retorno triunfal
- Juno Jo
- May 6, 2024
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O cinturão peso-mosca segue no Brasil. Alexandre Pantoja selou o UFC 301, no Rio de Janeiro, com a vitória sobre Steve Erceg por decisão unânime (48-47, 48-47 e 49-46) e concluiu sua segunda defesa de título.
Pantoja usou seu Jiu-Jitsu como trunfo para bater o australiano e presentear a torcida brasileira, que encheu a Farmasi Arena. Além disso, o Pantoja encerrou um jejum de dez anos. A última vitória brasileira por cinturão do UFC numa luta masculina no Brasil havia sido de José Aldo quando ele derrotou Chad Mendes pela segunda vez.
Pantoja prevaleceu mais uma vez na divisão e provou que é o nome a ser batido. Erceg, décimo do ranking, chegou ao Rio como franco atirador e entregou uma luta dura ao campeão. Porém, o alto nível de Pantoja na luta agarrada foi o diferencial.
O australiano foi perigoso na trocação e atingiu o brasileiro com golpes contundentes, sobretudo nos contra-ataques. Contudo, Erceg viu Pantoja conseguir impor seu grappling por boa parte do confronto.
Na entrevista pós-luta, Alexandre Pantoja enalteceu o adversário.
“Esse cara é muito duro e merece respeito. Estou aqui para lutar com os melhores do mundo e ele é um deles. Fiz três lutas em menos de um ano, preciso descansar. Vou passar uma semana descansando em Arraial do Cabo com minha garota”, afirmou o campeão dos moscas.
O rei voltou
José Aldo mostrou que o verdadeiro rei nunca perde a majestade. O “Rei do Rio” largou a aposentadoria e superou o promissor Jonathan Martinez por decisão unânime (triplo 30-27).

Aldo foi contundente na trocação e levou a melhor nos três rounds. Apesar do hiato de um ano e meio afastado, José Aldo estava com as mãos rápidas e afiadas. Dessa forma, o ex-campeão dos penas conectou uma série de golpes contundentes e se aproximou do nocaute técnico no terceiro assalto. Na reta final da luta, Aldo quedou o oponente com um double leg e terminou o combate no ground and pound.
Depois da luta, Aldo descartou a aposentadoria e disse que quer voltar a ser campeão do UFC.
“Eu falei que não seria a minha última luta. Então, estou empolgado com isso aí, quero chegar um pouco mais longe ainda, acho que eu ainda tenho idade, físico para chegar lá e ganhar outras lutas e quem sabe ser o campeão”, destacou o “Rei do Rio”.
Grande esperança do Brasil nos meio-pesados, Vitor Petrino sofreu sua primeira derrota no MMA. O veterano Anthony Smith surpreendeu Petrino com uma guilhotina após uma entrada de double-leg do brasileiro. O atleta da CM System tentou resistir, mas o americano conseguiu finalizar.
Michel e Borralho seguem embalados
Michel Pereira teve mais uma vitória fulminante no peso médio. Com direito a um mortal que rendeu uma passagem de guarda, o “Paraense Voador” precisou de 54 segundos para liquidar a fatura. Michel estrangulou Ihor Potieria com uma guilhotina em pé. Então, Michel emplacou sua sétima vitória consecutiva na organização.
Caio Borralho disse que nocautearia Paul Craig e cumpriu a promessa. O “Natural” aplicou um nocaute avassalador no segundo round e conquistou sua sexta vitória seguida no Ultimate. Após a luta, Caio desafiou Jared Cannonier, quarto colocado no ranking dos médios.
Estreia memorável
Os grandes holofotes do card preliminar foram para Maurício Ruffy graças a uma estreia mágica do atleta da Fighting Nerds. Ruffy nocauteou Jamie Mullarkey no fim do primeiro round e impressionou pelo estilo versátil e pela técnica refinada.

Além disso, Dana White postou em sua conta oficial no Instagram que foi uma das melhores estreias de todos os tempos na organização. Agora, Ruffy contabiliza dez vitória na carreira, todas por nocaute.
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